Sou destas que amam o que dói. O que é belo. O que é belo e se esconde. Garimpo presenças que perfuram. Atitudes fortes feito palavras. Mar aberto em peito fechado. Vigílias doces em noites estranhas. Relacionamentos de entranha. Tetos de vidros quebráveis. Destas dilaceradas, armadas de febres e vinhos. Que plantam ninhos onde estratégias não funcionam.
Destas loucas que colecionam memórias inacabadas. Destas frágeis que quebram. Fortes que choram.
Sou destas. Que desacertam.
E desertam para florescer outros tempos.
*Imagem: Weheartit