Essa paz que respiro é falsa.
Por dentro, minhas tempestades de areia desenham, redesenham
nossos passos.
Esmiúçam o tempo escorrido, invadido.
O tempo dos nossos nós, o tempo só da espera que consome.
Por dentro, meu céu de papel rabiscado de poesia, lateja.
Contorna urgências.
Descolore.
Nuvens cinzas e azuis.
Por dentro, nublado e raso.
Não respiro mar desde a última partida.
*Imagem: Weheartit
Quem sabe o coração possa ainda voltar a enxergar e dizer:
ResponderExcluir... há mar!