Não pedi permissão à Flávia para escrever esse texto. E me encontro num difícil dilema sobre qual
Flávia escrever. Sim, ela é múltipla: Médica, escritora , mãe e tantas outras escondidas,
guardadas, resguardadas para dias de temporais. Não é exagero dizer que ela me inspira de alguma
forma.
Cheguei até ela pela escrita [Sabe de Uma Coisa?], li
anonimamente muitos e muitos textos. Aí depois facebook, bate papos, whatsapp.
Esse é o lado coração da tecnologia: ela também agrega pessoas [de verdade] às
nossas vidas.
Aceitou prontamente o convite de prefaciar o meu
segundo livro [O Lugar da Espera], e eu segui orgulhosa e privilegiada. Não é
fácil encontrar tempo para poesia, troca de experiências na rotina corrida da
medicina. Mas ela encontra. Ela dá um jeito. O vídeo para o lançamento foi
gravado no consultório/pronto socorro/ hospital.
Não é, Flávia?
Não é, Flávia?
Depois disso, os espaços entre as conversas diminuíram, a
admiração que era grande, aumentou. Engravidei e a Flávia me socorreu entre as
dúvidas e insegurança de uma mãe de primeira viagem. Sabe aquelas perguntas
impagáveis? Aquelas respostas impublicáveis? A Flávia sabe.
Por causa dela, eu coloquei Francisco Beltrão na minha lista
de “Lugares que Quero Conhecer”.
Ela, que já era Bela, mãe do Samuel, dona da poesia, trouxe
a Sara pra cá. Ela enfeita a família com flores e os plantões com jardins. É o
que pude perceber.
*Imagem: Arquivo Pessoal
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